quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O “Pirata”

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O trabalho do pai levou-o muito cedo para terras distantes.
Ao contrário do que aconteceu com os outros netos, o avô só estava com o menino a espaços e por períodos curtos. Os poucos encontros entre eles eram bem aproveitados, mas mesmo assim o avô tinha receio que a ligação com aquele neto não fosse tão robusta como as que criou com os outros.

Tinha o menino um ano quando a família veio passar um par de semanas em Portugal. O menino saiu do aeroporto a dormir e assim se manteve até à porta da casa onde a família ia ficar. Enquanto os pais foram buscar a chave da casa, o menino permaneceu no carro, vigiado por uma amiga da mãe.
Por pouco tempo. Assim que o menino acordou e viu que estava num ambiente desconhecido, desatou a chorar. A amiga da mãe, aflita, foi procurar os pais para o acalmarem.

O avô, que estava por perto, aproximou-se do menino e falou com ele. Instantaneamente, o choro parou e no rosto do menino surgiu o sorriso mais bonito que o avô tinha sentido.

Os receios do avô esfumaram-se naquele momento. E o sorriso ficou para sempre!

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