quinta-feira, 11 de junho de 2015

A Morte das Borrachas



Segundo a imprensa britânica, o professor Guy Claxton do King’s College de Londres, que publicou trabalhos sobre cognição inconsciente e criatividade, terá defendido que as borrachas devem ser banidas das salas de aulas porque criam uma cultura de vergonha do erro e são um instrumento do diabo.

Receio que o professor Claxton esteja a praticar um lamentável plágio. Há muito tempo que as escolas dos jotinhas portugueses ensinam que os erros não se apagam, valorizam-se. Eles aprendem que se cometerem um erro, não há problema, basta seguir as três regras de ouro:
  • Regra n.º 1 – Ignorar todas as críticas, não corrigir o erro e nunca o reconhecer.
  • Regra n.º 2 – Esperar alguns meses e vangloriar-se do que fez errado. Os eleitores têm memória curta e vão acreditar que se tratou de uma acto de coragem de um visionário, incompreendido pelo comum dos mortais e avaliado injustamente pelos maldizentes e pessimistas.
  •  Regra n.º 3 – Repetir o erro em nome da coerência e da continuidade. Na primeira vez só os fiéis aceitam, na segunda a maioria aplaude, reconhecida e agradecida.

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