De acordo com a gente da sociologia (e do marketing), sete dos meus
netos pertencem ao que eles chamam de geração Z. Dizem eles que, em
Portugal, 2 566 327 crianças nascidas entre 1995 e 2012 fazem parte
desta geração.
Caracterizam-se por andarem literalmente com a
Internet no bolso. Têm o hábito de não esperar muito tempo para tirar
uma dúvida; quando a têm, pegam no telemóvel e pesquisam. São
influenciados pelo acesso fácil à informação e pela necessidade de ter
respostas no imediato. Já não dependem
de alguém mais velho para aprender algo de novo. Habituaram-se a fazer
coisas por iniciativa própria. É uma geração muito empreendedora, ou
melhor, muito fazedora. É uma geração que faz acontecer. Não se define
pela luta contra o estilo de vida ou os valores das gerações anteriores.
Aliás, chegam a partilhar os mesmos gostos dos pais e dos avós. Não são
contestatários.
São também uma “geração global”, que aceita muito
facilmente a diversidade. Quando as pessoas são todas iguais ou pensam
da mesma maneira, estranham. Mas não têm paciência para grandes
conversas. Quando lhes tento impingir as minhas “filosofias”, desligam
em menos de um fósforo e partem para outra.
Quanto ao meu outro
neto, não sei a que geração pertence mas penso que ainda está num
estádio semelhante ao meu: dá umas sentenças e tenta impor a sua vontade
mas poucos o entendem ou levam a sério!