quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Aníbal Jardim Bettencourt - Agrónomo, Fitopatologista e Geneticista

 



I. Introdução e Enquadramento Histórico

I.1. A Crise Fitopatológica e a Resposta Agronómica Portuguesa

Aníbal Jardim Bettencourt (1924–2015) emerge como uma figura central na agronomia tropical portuguesa do século XX, cuja vida e obra se dedicaram integralmente à salvaguarda de uma das culturas economicamente mais importantes a nível global: o cafeeiro. A sua carreira desenvolveu-se num período de intensa mobilização científica portuguesa, impulsionada pela necessidade de combater a ameaça fitopatológica mais grave que pairava sobre a produção mundial de Coffea arabica: a ferrugem alaranjada, causada pelo fungo biotrófico Hemileia vastatrix.

A obra de Aníbal Jardim Bettencourt está intrinsecamente ligada ao Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), uma instituição de vanguarda criada em Portugal para responder a esta crise. O trabalho do engenheiro agrónomo transcendeu as fronteiras nacionais, focando-se na pesquisa fundamental e aplicada de mecanismos de resistência genética, essenciais para garantir a sustentabilidade da cultura em regiões tropicais, especialmente após a deteção e expansão da doença em África e, posteriormente, nas Américas.[1] A sua atuação representou um esforço coordenado da ciência portuguesa em resposta a uma vulnerabilidade agrícola de alcance transnacional.

I.2. Necessidade de Rigor Biográfico e Distinções


Dada a recorrência de nomes em círculos académicos portugueses, é fundamental estabelecer a identidade e o foco do indivíduo em análise. Este estudo dedica-se exaustivamente ao engenheiro agrónomo Aníbal Jardim Bettencourt, nascido em 1924 em Moçambique, geneticista e investigador principal do CIFC-IICT.[2]

É imperativo distinguir esta figura central da agronomia tropical de um homónimo anterior, o Professor Aníbal Bettencourt (sem o "Jardim"), que foi uma figura proeminente na medicina e veterinária portuguesa da primeira metade do século XX. O Professor Aníbal Bettencourt foi professor catedrático de Parasitologia e Patologia Exótica na Escola Superior de Medicina Veterinária, chefe de serviço do Instituto de Agronomia e Veterinária, e participou em missões para o estudo da bilharziose.[3] Embora ambos estivessem ligados às ciências agrárias e tropicais, o foco do Professor Aníbal Bettencourt (medicina) e o do Engenheiro Aníbal Jardim Bettencourt (genética do cafeeiro) são distintos. A confusão de identidades seria um erro de escopo que comprometeria a análise da sua contribuição única para o melhoramento genético.[3, 4] O Agrónomo, que é o objeto deste estudo, pertence à geração subsequente e concentra o seu legado no combate à Hemileia vastatrix

II. Percurso Biográfico e Carreira Institucional em Moçambique (1924–1959)

II.1. Formação Académica e Início da Carreira

Aníbal Jardim Bettencourt nasceu em Moçambique em 1924, o que estabeleceu a base para a sua profunda ligação com os desafios da agricultura tropical.[2] Para a sua formação superior, deslocou-se para Portugal, onde obteve o grau de Engenheiro Agrónomo e, posteriormente, o título de Doutor em Agronomia, ambos pelo prestigiado Instituto Superior de Agronomia (ISA) de Lisboa.[2] O ISA, situado na Tapada da Ajuda, tem sido historicamente um centro de excelência no desenvolvimento e difusão do saber tropical em Portugal.[5]

II.2. Experiência Prática na Direcção de Agricultura e Florestas

O início da sua carreira profissional ocorreu no Ultramar, onde trabalhou na Direcção de Agricultura e Florestas de Moçambique durante dez anos, de 1949 a 1959.[2] Este período foi determinante, pois coincidiu com um grande impulso no desenvolvimento económico e agrícola das colónias portuguesas.

Durante a década de 1950, Aníbal Jardim Bettencourt ascendeu a cargos de elevada responsabilidade. Entre 1951 e 1959, exerceu as funções de Chefe da Repartição de Agricultura e Florestas e, por acumulação, atuou como Delegado da Junta de Exportação do Café, ambos em Moçambique.[2] Nesta função operacional, a sua atividade concentrou-se no desenvolvimento da cultura cafeeira local, que incluía tanto o C. arábica como o C. racemosa, e na implementação de estações experimentais.[2]

A sua experiência em Moçambique terminou com um revés que influenciou significativamente a sua trajetória subsequente. O seu testemunho documenta um estado de profunda desilusão e mesmo "depressão" após a notícia do fim da cultura do café em Moçambique.[2] Esta interrupção abrupta dos projetos e das atividades que coordenava, em consequência de decisões administrativas e políticas do poder colonial, sugere que a sua posterior transição para a investigação pura e fundamental no CIFC não foi apenas uma progressão de carreira, mas uma reorientação estratégica, permitindo-lhe procurar soluções científicas permanentes (genética e fitopatologia) que pudessem transcender a instabilidade e as decisões políticas do tempo colonial. A sua base de conhecimento prático em Moçambique, contudo, forneceu o contexto indispensável para a sua investigação posterior no CIFC.

III. A Fundação Científica: O Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC)

III.1. Transição para a Investigação Especializada

Em 1960, Aníbal Jardim Bettencourt iniciou a fase mais decisiva da sua carreira, voltada inteiramente para a investigação especializada. Iniciou um estágio no Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro (CIFC), uma unidade de investigação de elite da Junta de Investigações do Ultramar.[2]

O CIFC era um polo de excelência em fitopatologia e genética tropical, fundado pelo Professor Branquinho d'Oliveira para enfrentar a ameaça da ferrugem. Após o estágio, Aníbal Jardim Bettencourt foi integrado na equipa, trabalhando em comissão de serviço como funcionário do Instituto do Café de Angola.[2] O modelo de financiamento do CIFC, assegurado pela Junta de Investigações do Ultramar e, notavelmente, pelo Instituto do Café de Angola [2], revela a estratégia geopolítica subjacente à investigação portuguesa: a ciência metropolitana era diretamente instrumentalizada para proteger os interesses económicos e a produção ultramarina de café contra pragas devastadoras.

III.2. Carreira Pós-Colonial e Aposentação

Após as mudanças políticas de 1974–1975 e o fim do Império Português, a maioria das estruturas de ciência tropical foi reestruturada. Em 1975, Aníbal Jardim Bettencourt integrou o quadro de pessoal da Junta de Investigações Científicas do Ultramar (JICU), que evoluiu para o Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT).[2]

A sua permanência e ascensão no IICT demonstram a importância crítica do CIFC e da sua experiência especializada. A sua expertise em fitopatologia e genética aplicada era demasiado valiosa para ser desmantelada. Continuou a sua carreira como Investigador Principal do CIFC-IICT a partir de 1983, aposentando-se em 1992 como Investigador Coordenador.[2]

IV. A Obra Científica Central: Especialização Fisiológica e Mecanismos de Resistência

A obra científica de Aníbal Jardim Bettencourt no CIFC concentra-se na fitopatologia e no melhoramento genético, com o objetivo singular de conferir resistência duradoura ao cafeeiro (Coffea spp)* contra a Hemileia vastatrix.

IV.1. O Diagnóstico: Caracterização da Hemileia vastatrix

Um dos primeiros e mais fundamentais contributos de Bettencourt no CIFC foi a caracterização detalhada do patógeno. A sua atividade científica incidiu inicialmente na especialização fisiológica da ferrugem do cafeeiro e na seleção de clones diferenciadores das raças do fungo.[2]

A rápida evolução e a variação da virulência do fungo H.  vastatrix exigem uma compreensão constante e um mapeamento preciso das estirpes. O trabalho de Bettencourt nos primeiros tempos no CIFC dedicou-se à caracterização de raças e de grupos fisiológicos, manutenção das culturas e identificação de novas raças.[2] Este esforço de diagnóstico era o pré-requisito técnico para qualquer programa de melhoramento genético eficaz, assegurando que o material desenvolvido no CIFC tivesse uma resistência de largo espectro, capaz de enfrentar a diversidade genética do patógeno.

IV.2. A Solução Genética: Pesquisa e Transferência de Genes

A investigação de Aníbal Jardim Bettencourt rapidamente evoluiu para a aplicação genética. Ele concentrou-se no estudo do mecanismo hereditário da resistência à H. vastatrix em Coffea spp.[2]

O seu trabalho inovador centrou-se na transferência de genes de resistência para as principais variedades comerciais de C. arabica, utilizando o Híbrido de Timor (HDT) como fonte primária de resistência.[2] O HDT, um cruzamento natural entre C. arábica (suscetível, mas de alta qualidade) e C. canéfora (robusta, resistente, mas de baixa qualidade), provou ser um recurso genético inestimável.

O esforço de transferência de fatores de resistência está bem documentado na sua publicação técnica, datada de 1981, intitulada Transferência de factores de resistência à Hemileia Vastatrix Berk. & Br. para as principais cultivares de Coffea Arabica L., editada pelo Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro da Junta de Investigações Científicas do Ultramar.[6]

A complexidade desta investigação exigiu colaboração internacional. Bettencourt trabalhou com o Dr. Alcides Carvalho, uma figura de proa da investigação cafeeira no Brasil. Esta ligação permitiu não só o aprofundamento das técnicas de análise genética, mas também a testagem e distribuição do material em ambientes geográficos críticos.[2] A crise da ferrugem impôs uma colaboração transcontinental onde Portugal, através do CIFC, fornecia o material genético de base, e o Brasil, com a sua infraestrutura, garantia a escala e a avaliação em campo.

A tabela que se segue resume as áreas centrais da investigação de Aníbal Jardim Bettencourt:

Contribuições Científicas Centrais e Foco de Investigação


Área Científica
Foco da Investigação
Resultado Chave
Fontes de Resistência Utilizadas
Fitopatologia
Especialização fisiológica da H. vastatrix
Identificação e seleção de clones diferenciadores das raças do fungo
Variedades diferenciais de Coffea [2]
Genética Aplicada
Mecanismo hereditário da resistência
Desenvolvimento de programas de transferência de genes (Melhoramento Genético)
Coffea spp (Híbrido de Timor - HDT) [2, 6]
Melhoramento Varietal
Criação de híbridos resistentes
Geração das linhagens Sarchimor e Catimor, base da cafeicultura moderna
HDT x Villa Sarchí e HDT x Caturra [2, 7]
Cooperação Internacional
Assistência in loco (1965–1985)
Disseminação gratuita de material genético e consultoria especializada (PROMECAFÉ)
Angola, Brasil, Colômbia, América Central [2, 8]

V. O Impacto Global e a Criação de Cultivares de Resistência (Sarchimor e Catimor)

V.1. Os Progenitores da Cafeicultura Moderna

O legado mais tangível e duradouro de Aníbal Jardim Bettencourt reside nas linhagens de cafeeiros resistentes à ferrugem que foram desenvolvidas sob a sua liderança e participação no CIFC.

Do seu trabalho resultaram as progénies Catimor e Sarchimor, que se tornaram a base de grande parte da cafeicultura moderna global, especialmente nas regiões onde a ferrugem é endémica.

1. Sarchimor: Este híbrido resultou do cruzamento efetuado nas estufas do CIFC entre a cultivar 971/10 (Villa Sarchí, de porte baixo) e o Híbrido de Timo (832/2).[7] As primeiras cinco plantas F1 obtidas foram rigorosamente analisadas quanto à sua resistência às raças de H. vastatrix e incluídas no grupo fisiológico A.[7] Esta linha genética é a fundação para muitas variedades modernas de C. arábica resistente.

2. Catimor: Desenvolvido a partir do cruzamento entre o Híbrido de Timor e a cultivar Caturra.[2] Tal como o Sarchimor, o Catimor combina a resistência do C. canéfora (via HDT) com as características de porte baixo e produtividade do C. arabica.

Historicamente, existia uma perceção generalizada de que a incorporação de genes do C. canephora (via HDT) para obter resistência resultaria numa inevitável degradação da qualidade da bebida. No entanto, o trabalho de melhoramento genético liderado por Bettencourt e a subsequente seleção das progénies Catimor e Sarchimor nos centros de pesquisa mundiais conseguiram contornar este problema. Variedades derivadas destes cruzamentos, como Tupi e Obatã no Brasil, têm obtido excelentes resultados em concursos de cafés especiais, desmistificando a ideia de que a resistência à ferrugem é incompatível com a alta qualidade da bebida.[9] A sua mestria em selecionar os indivíduos que herdaram a resistência sem comprometer as características sensoriais do C. arábica foi a chave para o sucesso comercial e global das suas linhagens.

V.2. Disseminação de Material Genético e Impacto no Brasil

A estratégia de difusão de conhecimento do CIFC, fortemente suportada pelo trabalho de Bettencourt, foi notavelmente aberta e cooperativa. Em 1960, o CIFC iniciou um programa de melhoramento com o objetivo de transferir resistência do HDT para as principais cultivares de Arabica.[8] Como parte desta estratégia, plantas F1 e F2 selecionadas, que demonstravam resistência a todas as raças conhecidas, foram fornecidas gratuitamente a todas as instituições de países produtores de café que solicitassem este material.[8]

Este ato de colaboração científica teve um impacto preventivo incalculável no Brasil. O Instituto Agronómico de Campinas (IAC), uma das principais instituições de pesquisa cafeeira do país, recebeu progénies F2 e F3 derivadas de cruzamentos HDT/C. arábica a partir de 1968.[9]

Esta transferência de material ocorreu preventivamente, antes da chegada da ferrugem à América do Sul. Quando o fungo foi introduzido no Brasil no final da década de 60 [9], as instituições já possuíam linhagens robustas, desenvolvidas no CIFC, que resultaram no lançamento de cultivares cruciais como Tupi e Obatã em 2000.[9] Ao garantir que o Brasil tivesse material genético resistente disponível antes da chegada da praga, Bettencourt e o CIFC criaram uma "apólice de seguro" genética que evitou uma devastação de escala continental, demonstrando uma visão estratégica notável na gestão de risco fitopatológico.

VI. Missões Internacionais e o Eixo Atlântico de Cooperação

VI.1. O Consultor Global (1965–1985)

O reconhecimento da expertise de Aníbal Jardim Bettencourt na genética da resistência à ferrugem levou-o a desempenhar um papel ativo como consultor internacional. Entre 1965 e 1985, ele realizou extensas missões e assistência técnica in loco aos programas de melhoramento genético do cafeeiro em diversos países.[2]

A sua influência estendeu-se geograficamente através de um eixo atlântico de cooperação que ligava a África, América do Sul e América Central:

• África: Angola, Cabo Verde.[2]

• América do Sul: Brasil, Colômbia, Venezuela.[2]

O seu trabalho garantiu que as metodologias de seleção de resistência e o material genético avançado fossem implementados de forma eficaz nestas regiões produtoras.

VI.2. O Papel no PROMECAFÉ

Um dos pontos altos da sua colaboração internacional foi a participação no PROMECAFÉ (Programa Cooperativo Regional para o Desenvolvimento Tecnológico Agrícola do Café), que engloba a América Central e o Caribe. A sua assistência abrangeu: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, México, Panamá e República Dominicana.[2]

Esta colaboração sublinha o reconhecimento do seu conhecimento em nível pan-americano, necessário para a coordenação de esforços regionais. Através do PROMECAFÉ, Aníbal Jardim Bettencourt participou na montagem da Unidade Central de Melhoramento (OCM) em Turrialba, Costa Rica. O seu trabalho em Turrialba, um centro chave de pesquisa tropical, solidificou o legado do CIFC e a sua própria influência na infraestrutura científica da América Latina, onde os híbridos Catimor e Sarchimor seriam testados e distribuídos em larga escala.[2]

VII. Legado Documental e Conclusão

VII.1. A Preservação da Memória Científica

Embora a sua obra seja primariamente científica e técnica, existe uma importante componente documental que preserva a sua história institucional e metodológica. O seu trabalho técnico foi cristalizado na monografia de 1981, já mencionada, sobre a transferência de fatores de resistência.[6]

Aníbal Jardim Bettencourt contribuiu ainda com um "Depoimento" detalhado para o Arquivo Científico Tropical (ACT) do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) em 18 de Fevereiro de 2010.[2, 10] Este testemunho é uma fonte primária inestimável para a história da ciência portuguesa e do café, onde ele descreve em detalhe a sua experiência de 12 anos em Moçambique, o seu estado de depressão após o fim das experiências locais, como conheceu o Prof. Branquinho d’Oliveira (fundador do CIFC), a sua entrada no Centro, e os pormenores da fundação, gestão, financiamento e ligações internacionais do CIFC.[2] A preservação deste depoimento garante que a metodologia e as circunstâncias institucionais que levaram à criação dos híbridos de café mais bem-sucedidos do mundo sejam compreendidas pelas futuras gerações de investigadores.

VII.2. Cronologia Pessoal e Síntese Biográfica

Os registos indicam que Aníbal Jardim Bettencourt se manteve ativo e envolvido após a sua aposentação em 1992.[2] O seu testemunho de 2010 e a sua presença em plataformas digitais até 2014 [10] confirmam a sua longevidade. Detalhes pessoais revelam também o seu papel como avô, mencionando os seus netos e a sua esposa Maria da Conceição, providenciando um toque humano à figura do cientista de renome.[10]

VII.3. Conclusões e o Engenheiro da Resiliência Silenciosa

Aníbal Jardim Bettencourt é um expoente máximo da agronomia aplicada portuguesa do século XX. O seu trabalho no Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro não foi apenas um sucesso nacional; foi uma contribuição de vanguarda que alterou a paisagem da cafeicultura global.

O impacto mais profundo da sua obra é económico e ecológico. Ao desenvolver, com a sua equipa, linhagens geneticamente resistentes à H. vastatrix, como os progenitores Catimor e Sarchimor, garantiu a resiliência de vastas áreas de produção de C. arábica que, de outra forma, teriam sucumbido ao fungo.[8, 9] Este melhoramento intrínseco permitiu reduzir a dependência de tratamentos químicos onerosos, promovendo, indiretamente, uma cafeicultura mais sustentável.

O facto de os nomes técnicos dos híbridos que criou — Catimor e Sarchimor — serem omnipresentes na literatura agronómica mundial, enquanto o seu nome é conhecido principalmente no meio científico e histórico, reflete a natureza do seu trabalho. Aníbal Jardim Bettencourt foi um engenheiro da resiliência, um cientista que trabalhou para garantir a continuidade produtiva, um feito fundamental cuja estabilidade se torna, paradoxalmente, rapidamente invisível, mas que continua a sustentar a cadeia de valor do café em todo o mundo. A sua carreira personifica a excelência da investigação portuguesa em ciência tropical, que produziu soluções de impacto global.

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1. Hemileia vastatrix Berkeley & Broome - CAPS, https://caps.ceris.purdue.edu/wp-content/uploads/2025/07/Hemileia-vastatrix.pdf

2. Depoimento de Aníbal Jardim Bettencourt - actd:MOAJB,  https://actd.iict.pt/view/actd:MOAJB

3. (PDF) Medicina, ciência e laboratório A investigação biomédica básica em Lisboa (1880-1950) - ResearchGate, https://www.researchgate.net/publication/338580781_Medicina_ciencia_e_laboratorio_A_investigacao_biomedica_basica_em_Lisboa_1880-1950

4. Universidade de Lisboa - Instituto de Ciências Sociais ... - ULisboa, https://repositorio.ulisboa.pt/bitstreams/1ae1fbee-55ba-4dc5-bb24-6ed97c19e22c/download

5. LISBOA GUARDIÃ DE SABER TROPICAL, https://www.lisboa.pt/fileadmin/informacao/publicacoes/ambiente/lisboa_guardia_saber_tropical.pdf

6. MELHORAMENTO GENÉTICO DO CAFEEIRO. by JARDIM BETTENCOURT. (Aníbal): Good Soft Cover | Livraria Castro e Silva - AbeBooks, https://www.abebooks.co.uk/MELHORAMENTO-GEN%C3%89TICO-CAFEEIRO-JARDIM-BETTENCOURT-An%C3%ADbal/30966018542/bd

7. Transferência de genes de resistência a Hemileia vastatrixdo Híbrido de Timor para a cultivar Villa Sarchí de Coffea arabica - Instituto Agronômico (IAC), https://www.iac.sp.gov.br/media/publicacoes/iacdoc84.pdf

8. The coffee leaf rust pathogen Hemileia vastatrix: one and a half centuries around the tropics - PMC - PubMed Central, https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6638270/

9. Participação da UFV em pesquisas sobre café é destaque no site da Embrapa, https://www2.dti.ufv.br/noticias/scripts/exibeNoticiaMulti.php?codNot=8138

10. Dezembro 2014 - O Ser Humano, https://1ajbettencourt.blogs.sapo.pt/2014/09/

 


* Coffea spp. é o termo científico para as espécies do género Coffea, que inclui o cafeeiro, um arbusto da família Rubiaceae cujas sementes (grãos de café) são usadas para fazer café. O termo "spp." indica que se refere a múltiplas espécies dentro do género. As espécies comercialmente cultivadas mais conhecidas são a Coffea arábica (arábica) e a Coffea canéfora (robusta).


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