As notícias da passada terça-feira sobre buscas, constituição de arguidos, detenções, acusações, julgamentos, anteciparam duas semanas o Entrudo do meu descontentamento.
É certo que a gravidade dos pecados invocados deveria suscitar atitudes mais próprias da Quaresma, como o recolhimento, a meditação, a penitência, a conversão, que precedem a ressurreição e a vitória do bem e do injustiçado. Mas o circo mediático e das redes sociais, provavelmente inspirado pela fraca e ridícula América de Trump e das Fox e Breibart News, reduziu tudo a um patético cortejo carnavalesco de matrafonas, cabeçudos e zés-pereiras, onde as atitudes e as acções individuais ou colectivas, mais ou menos graves, são caricaturadas ao sabor das paixões, dos ódios e ressentimentos pessoais; e os populares, mascarados ou não, arremessaram uns aos outros toda a espécie de objectos repugnantes ou pestilentos, bem ao estilo de um Entrudo que tudo permite porque "É Carnaval, ninguém leva a mal!” e depois dele tudo é esquecido e volta à normalidade.
Não, não é Carnaval e a corrupção, o tráfico de influências, a fraude, o peculato, o recebimento indevido de vantagens, a ineficácia da justiça, a violência doméstica e nas escolas, as dependências dos jovens, a agressividade e a mortalidade nas estradas, o contágio perigoso de doentes nos hospitais, são realidades da nossa sociedade que devem ser levadas muito a sério. Devem ser investigadas e estudadas com o rigor e a clareza dos relatórios sobre o incêndio de Pedrógão e a violência doméstica, longe das paixões clubistas ou partidárias.
É certo que a gravidade dos pecados invocados deveria suscitar atitudes mais próprias da Quaresma, como o recolhimento, a meditação, a penitência, a conversão, que precedem a ressurreição e a vitória do bem e do injustiçado. Mas o circo mediático e das redes sociais, provavelmente inspirado pela fraca e ridícula América de Trump e das Fox e Breibart News, reduziu tudo a um patético cortejo carnavalesco de matrafonas, cabeçudos e zés-pereiras, onde as atitudes e as acções individuais ou colectivas, mais ou menos graves, são caricaturadas ao sabor das paixões, dos ódios e ressentimentos pessoais; e os populares, mascarados ou não, arremessaram uns aos outros toda a espécie de objectos repugnantes ou pestilentos, bem ao estilo de um Entrudo que tudo permite porque "É Carnaval, ninguém leva a mal!” e depois dele tudo é esquecido e volta à normalidade.
Não, não é Carnaval e a corrupção, o tráfico de influências, a fraude, o peculato, o recebimento indevido de vantagens, a ineficácia da justiça, a violência doméstica e nas escolas, as dependências dos jovens, a agressividade e a mortalidade nas estradas, o contágio perigoso de doentes nos hospitais, são realidades da nossa sociedade que devem ser levadas muito a sério. Devem ser investigadas e estudadas com o rigor e a clareza dos relatórios sobre o incêndio de Pedrógão e a violência doméstica, longe das paixões clubistas ou partidárias.
Tudo para que cada um de nós, cidadãos deste país, à sua maneira e na sua esfera de influência, deixe de ser um espectador inconsequente ou um lançador de atoardas e insultos e contribua para a melhoria da sociedade.
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