Jogar futebol, ou melhor, jogar à bola na rua ou no adro da igreja foi uma das minhas escolas na infância. Nela aprendíamos tudo sobre relações sociais: que havia habilidosos e aselhas, magros e gordos, pepe-rápidos e pés-de-chumbo; que uns jogavam calçados e outros descalços porque não tinham botas ou sapatos; que uns escolhiam e lideravam as equipas e outros eram escolhidos; que uns assumiam as consequências dos estragos nas casas dos vizinhos e outros fugiam; e que havia sempre o dono da bola, o tipo que tentava impor as regras!
Depois, à medida que o futebol passou a ser apenas negócio e competição entre adultos, sejam eles jogadores, adeptos, dirigentes, agentes e até pais de crianças candidatas a craques, desinteressei-me.
Hoje, quando o futebol é também uma fonte de instabilidade social instigada por dirigentes e meios de comunicação social irresponsáveis, voltei a interessar-me pelo fenómeno.
Hoje, quando o futebol é também uma fonte de instabilidade social instigada por dirigentes e meios de comunicação social irresponsáveis, voltei a interessar-me pelo fenómeno.
Desta vez para o censurar.
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