Em 1872, Émile Boutmy definia assim a missão do ensino superior da
ciência política:
"Constrangidos aos direitos da maioria, as classes que
se consideram a si próprias como classes superiores não podem conservar
a sua hegemonia política se não invocarem o direito do mais capaz. É
preciso que, por trás do fórum decrépito das suas prerrogativas e da
tradição, a vaga da democracia enfrente uma segunda muralha feita de
méritos brilhantes e úteis, de superioridade cujo prestígio se impõe, de
capacidades de que não possamos privar-nos se não estivermos dementes."
Foi por instinto de sobrevivência perante o avanço da democracia que as
classes privilegiadas abandonaram o ócio e inventaram a meritocracia.
Hoje basta dominarem a banca e as instituições
supranacionais.
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